domingo, 26 de dezembro de 2010

O relógio de parede


Eu devia ter uns 10 anos e estava passando férias em Itajubá na casa do tio Paulo e da tia Vandete. Era época de natal e estávamos ajudando a tia a limpar a casa. Meu tio tinha ganhado naquele dia um relógio de parede lindo do "tipo cuco" sem cuco e já tinha colocado numa parede da sala, onde eu estava varrendo... Sem querer bati a cabeça nele e em questão de segundos ele espatifou no chão... Chorei, chorei e chorei...  Senti vergonha de quebrar um presente tão lindo e tão caro e tão novo. Meu tio quando chegou na sala me disse pra ficar tranqüila que ele ia levar para consertar. Ele realmente saiu e só quando voltou pude ficar alegre de novo... A loja trocou por um novinho em folha e meu coração ficou aliviado. 


Hoje eu fui visitá-lo, já mora em outra cidade, nós estávamos no sofá conversando quando olhamos para o relógio na parede e lembramos que há 26 anos eu o derrubei, chorei e depois me acalmei quando tudo se resolveu.

O que aprendi com isso?

Primeiro que é muito importante que os adultos tenham uma postura tranquila quando uma criança quebra alguma coisa, deixando claro com o comportamento, como meu tio fez, que a criança é mais importante que o objeto.

Aprendi também a prestar mais atenção ao meu redor...

Crianças ... Crianças... 

Abraços

Keli

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Escada abaixo...

Essa memória não é minha. Tenho a imagem em minha mente, mas foi criada a partir do que minha mãe me contou... Era um bebê e estava na fase de andar naqueles carrinhos chamados "voadores", com rodinha para que o bebê possa se locomover. Minha mãe diz que me colocou para dormir e de repente ouviu um barulho e meu irmão Marquinho chorando debaixo da mesa. Eu estava no fim da escada da casa sobre uma toalha que estava no varal. Minha mãe me levou correndo até a casa da Tia Bá e me deu nas mãos do Tio Carmo... Eu estava roxinha e meu tio me ajudou a voltar... Quando adulta meu irmão me contou porque chorava debaixo da mesa... Ele me colocou no voador e de repente me dirigi para escada num vôo escada abaixo. Ele se sentiu culpado... Isso acontece nas melhores famílias meu irmão...

O que a gente aprende com isso?
Que o anjo da guarda de toda criança é forte e passa muitos apertos!
Mães fiquem sempre de olho nas crianças, em questão de segundos um acidente pode acontecer!!!

Abraços

Keli

domingo, 5 de dezembro de 2010

Cocô pela janela

Eu e minha amiga Débora brincávamos sempre juntas em Águas da Prata. Eu tinha um peniquinho vermelho e estava aprendendo a usá-lo naqueles tempos. Fiz cocô e xixi e nós resolvemos jogar pela janela... Coisa de criança! Minha irmã entrou no quarto bem na hora da viagem dos produtos janela abaixo... Disse que poderia cair na cabeça de alguém, não caiu, mas tenho uma imagem na minha mente de um careca sendo surpreendido com um presente nada agradável vindo dos céus... Rrrsss. Minha irmã prometeu guardar segredo...
E guardou...

Abraços

Keli

Cachos nos cabelos


Morava em Águas da Prata e tinha uma amiga chamada Débora. Estávamos brincando no meu quarto e ela disse: - Vamos brincar de cabeleireira? Eu tinha os cabelos compridos e cheios de cachos nas pontas... E eu respondi: - Vamos!!! Na brincadeira eu era a cliente e meus cachos estavam todos no chão quando minha mãe entrou... - Keliiiiiiii.... Já era tarde, eles já não faziam mais parte de mim. Mas cabelo cresce rápido e tudo logo ficou bem... Nunca mais tive cachos...  Mas amo meu cabelo!

Abraços

Keli

Brinquedos de Presente



Me lembro de ganhar da minha irmã um tannnnnto de brinquedos: mesinha, cadeirinha... Lindos! Que alegria. Ela ganhou um prêmio na quarta série como melhor aluna da escola e o prêmio tinha uma quantia de dinheiro. Ela foi no Supermercado Tonin em Monte Santo e comprou tudo em brinquedo pra mim. Olha que linda! Espero merecer todo esse carinho e amor! Love you Gigi. 


Abraços


Keli

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Memórias que marcam...

Uma vez estávamos no rancho do meu pai, no estaleiro, eu minha irmã, primas, primos quando passou uma lancha com um homem esquiando... Nós, no meio da brincadeira, dentro da inocência do tempo, gritamos e fizemos barulho, jogamos peixes e dissemos: - Toma peixe morto pra vocês!!! Rimos e continuamos brincando... Algumas horas depois recebemos a notícia de que eles tiveram um acidente e o homem  que esquiava morreu na hora... Que baque! não sei como senti na época, mas há pouco tempo descobri que guardei isso como culpa durante todos esses anos... O coração de criança se responsabiliza por tudo que acontece... A psicologia chama isso de pensamento mágico. A criança olha a onda do mar e pensa vem.... e a onda vem... vai... e a onda vai... e ela pensa que é ela que está fazendo o movimento. Não sei contar como essa memória atuava em minha vida adulta, mas sei que tinha efeito. Fiz Ho oponopono para a memória equivocada, fiz uma oração para o homem que morreu e agora compartilho com vocês a medida que a deixo ir em paz...


Abraços


Keli