Pois então. Quando tinha cinco anos nos mudamos para Monte Santo. Meus pais me colocaram na escola e lembro de estar desenhando e fui levada para uma prova, um teste... Ia passar para a primeira série, pra sala da Valéria, amiga querida desde então. Eu tinha que ir mesmo eu já sabia ler, escrever... Primeiro dia de aula, super feliz por estar na escola... Bateu sinal para o recreio e como de costume eu guardei meus materiais no embornal e tranquilamente fui me dirigindo para a saída da escola. A escola era diferente da escolinha em Socorro... Chegando no portão ouvi minha professora gritando, me chamando. Parei e esperei ela chegar até mim. Estava meio assustada. Tinha feito algo errado mas ainda não sabia o que era. A professora chegou perto e perguntou: aonde você vai Keli? Vai embora? E eu não querendo mostrar que não sabia que não podia ir embora, disse: Não, não estou indo embora não. E ela: Por que está com embornal então? E eu: Eu ando sempre com embornal! E a partir daí, todos os dias e em todos os lugares e aulas na escola eu ia com o embornal... A fotografia da turma no final do ano comprova o que estou dizendo. Se a mostrasse aqui você não teria dificuldades para me identificar. A que está com embornal... Na segunda série abandonei o coitadinho, já velho de tanto uso.
O que aprendi com isso? Ainda elicio aprendizagens... Aprendi que é melhor dizer a verdade, porque sustentar uma mentira pesa, dói os ombros, castiga a gente. Que carregar embornais e malas sem necessidade não ajuda em nada... Podemos tirá-los simplesmente descartá-los...
E sigo aprendendo inclusive agora que escrevo essa memória.
Sou grata a todas estas memórias e ao compartilhá-las eu as deixo ir... Que o Divino, a Divindade, Deus, Universo liberte e transmute em pura luz.
Sinto muito, te amo, me perdoe, sou grata.
Sinto muito, te amo, me perdoe, sou grata.
Sinto muito, te amo, me perdoe, sou grata.
Sinto muito, te amo, me perdoe, sou grata.
Sinto muito, te amo, me perdoe, sou grata.
Sinto muito, te amo, me perdoe, sou grata.
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